domingo, 7 de fevereiro de 2016


                                Alvor

 Acabara de chegar a uma praia, onde a humidade tinha o cheiro das ondas e da areia molhada.
Descalçou-se para sentir a areia ainda quente, caminhava muito devagar pela praia, seguia com a cabeça levantada olhando aquele horizonte traçado pelo mar, aproveita os últimos momentos daquele Pôr de Sol que torna a praia num manto brilhante que contrasta com o azul do céu.

No areal, avista uma esplanada construída em pinho norueguês protegido por uma cera castanha, que lhe dá o tom familiar de todos os anos, a mesma ganhava forma e contornos à medida que se aproximava.
Dos lados da construção abundavam dunas que iam mudando imperceptívelmente de forma graças aos grãos que o vento fazia deslocar de uns pontos para outros em cada dia que passava.
Sentou-se no alpendre, inspirou fundo e foi absorvida por aquele cenário de beleza rara, para ela nada tinha mudado, aquele lugar era como uma fortaleza  que continuava resistente ao sol tórrido e à humidade salina.
 Assistiu ao Pôr do Sol, com a luz ainda intensa a passar por entre algumas nuvens que se começavam a instalar.

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